Que consequências para a Liderança Estratégica sobre a abordagem que equaciona a equivalência entre o PIB de diferentes países, incluindo Portugal, e a facturação das principais Marcas globais?
São
absolutamente notórios os desequilíbrios globais no que se refere ao poder
económico dos Estados e todas as questões sociais e políticas intrinsecamente
interligadas. O
poder ou a sua inexistência provocam um forte impacto sobre as economias e por
sua vez a forma como as mesmas se impõem globalmente geram resultados
reveladores tanto associados ao sucesso como ao fracasso. A
capacidade de liderança dos Estados geram o seu poder de influência e por sua
vez a sua capacidade de evolução, positiva ou negativa, refletem-se dessa forma
sobre as sociedades.
Ao
analisarmos o PIB comparativamente à faturação de grandes marcas globais
percecionamos que as multinacionais obtêm faturação superior a determinados
países em que operam e que maioritariamente são oriundas dos EUA, Japão e
Europa. Se associado a isso refletirmos que diferentes culturas invocam
diferentes formas de liderança podemos compreender porque tendencialmente
determinados países continuam a liderar, face a uma cultura muito própria que
se estende às organizações e à forma como as mesmas se desenvolvem.
Segundo
Richard D. Lewis, por exemplo, países como a Áustria e a Ucrânia possuem
lideranças fortemente autocráticas, em que as vozes dos trabalhadores raramente
são ouvidas. Já em países como a Grécia, o Brasil, Portugal e Espanha, apesar
de possuírem uma liderança também autocrática, de forma geral os líderes tendem
a ser gentis com seus colaboradores. Por outro lado, os líderes mais
consensuais e que mais valorizam a opinião dos colaboradores são destacados em
países como o Japão, a Holanda, a China e a Alemanha. E por fim e com algum
destaque, o autor caracteriza os EUA com líderes assertivos, orientados para
resultados e confiantes. Contudo, apesar de terem espírito de equipa buscam
pela individualidade na promoção da própria carreira.
Desta
forma, é possível verificarmos a intensa influência que a boa e a má liderança
exercem e o consequente reflexo para o desenvolvimento das respetivas economias.
(Bibliografia: http://www.crossculture.com/latest-news/richard-d-lewis-quoted-in-new-book-on-best-communication-strategies-for-cultures-around-the-globe/ )